sexta-feira, 16 de outubro de 2009

"Quem sou como professor e aprendiz"

O século XXI iniciou-se em tempos de globalização, modernização das atividades produtivas e novas tecnologias.A sociedade passa por uma transformação sócio-política e cultural, que exige um novo perfil do profissional da educação.
Tal século conhecido como “Século do Conhecimento”, traz um novo paradigma como princípio norteador da educação, a “incerteza”, é preciso aprender a conviver com a dúvida, buscar constantemente novas respostas e interpretar a informação, construindo a partir dela, novos conhecimentos. È preciso formar para atuar numa sociedade em constante mudanças, o fim da verdade absoluta, e a convivência com a diversidade de perspectivas em diversos aspectos sociais.
É notório que diante de tantas mudanças, faz-se necessário, um profissional com capacidade de auto-aprendizagem, com compreensão do processo, capacidade de observar, interpretar, tomar decisões e de avaliar resultados, domínio da linguagem técnica, capacidade de comunicação oral e escrita, disposição e habilidade para trabalhar em grupo, polivalência cognitiva e versatilidade funcional no trabalho além de um auto policiamento em termos de uma constante atualização.
Tais mudanças refletem na postura do educador, que hoje faz parte do processo educativo como mediador, e constrói novos conhecimentos junto com seus alunos partindo deste processo, partindo desta reflexão inicial, busco atender não só aos novos paradigmas educacionais, mas as necessidades profissionais e pessoais. O homem é um ser insatisfeito por natureza, em busca de respostas aos seus questionamentos e para solucionar os problemas existentes na vida cotidiana, estimula sua curiosidade desafiando o desconhecido, superando barreiras.
Como educadora sou uma eterna aprendiz, estou sempre estimulando minha curiosidade, para assim buscar soluções fundamentadas teoricamente para os problemas do cotidiano escolar. É importante salientar que essa curiosidade, definida por Paulo Freire como “curiosidade epistemológica”, é hoje a base do processo educativo, onde temos inúmeras fontes de informações, devido à expansão tecnológica, no entanto essa informação para que se torne conhecimento, precisa ser trabalhada e processada epistemologicamente. Vivemos no contexto escolar um desafio INFORMAÇÂO X CONHECIMENTO.
Para que seja superado este desafio do novo século, precisamos desenvolver a autonomia dos nossos alunos, para que ele busque desenvolver a capacidade de discernimento, seja pesquisador, tenha habilidade para interagir e transformar essas informações em conhecimento.
É preciso formar futuros cidadãos que sejam eternos aprendizes, mais reflexíveis e autônomos, com capacidade de enfrentar novos desafios, com competências cognitivas para dar sentido as informações, e fazer uso social delas.
Partindo desta reflexão, tenho direcionado meu trabalho para formentar nos alunos capacidade de gestão do conhecimento, para que eles concebam a aprendizagem como uma atividade contínua.